É
verdade! Neste dia, comemora-se um dos acontecimentos mais importantes da Nossa
História: O Dia da Restauração da
Independência.
Queres
saber porquê?
Em 1578, o
rei D. Sebastião morreu na Batalha
de Alcácer Quibir, no norte de África. D. sebastião não tinha descendentes
diretos. Sucedeu-lhe no trono, o seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique, homem do
clero, idoso e doente. Sem descendentes, surge nova crise dinástica, com a sua
morte em 1580.
Dos
candidatos ao trono, destacavam-se: D. António Prior do Crato (apoiado pelo
povo), D. Catarina de Bragança (apoiada por alguns elementos do clero e da
nobreza) e Filipe II de Espanha, (apoiado pelo clero, nobreza e burguesia, que
viam nessa união a forma de aumentar o seu poder).
Filipe II, o candidato mais poderoso (filho da infanta D.
Isabel e neto do rei português D. Manuel I),
invadiu Portugal e, em 1581, fez-se aclamar rei de Portugal nas Cortes de Tomar
com o título de Filipe I de Portugal. Consumava--se, assim, a União Dinástica
ou União Ibérica (1581-1640). Portugal e Espanha mantinham-se autónomos mas unidos
apenas pelo governo do mesmo rei. Nas Cortes de Tomar, Filipe I de Portugal
prometeu respeitar os costumes, leis e liberdades dos portugueses, conservar a
moeda e o português como língua oficial. Se, durante o seu reinado, estas
promessas foram cumpridas, tendo Portugal tido alguma prosperidade económica, a
crise que afetou Espanha fez com que os reis espanhóis que se seguiram
incumprissem nas promessas feitas em 1581. A Espanha estava em guerra na Europa
e Portugal foi obrigado a participar e a custear esse conflito, através do
aumento de impostos, do envio de homens e a ver as suas colónias atacadas pelos
inimigos dos espanhóis. A população portuguesa mostrava o seu descontentamento,
através da realização de manifestações e motins como o realizado em Évora – A Revolta do Manuelinho.
Na manhã do
dia 1 de dezembro de 1640, um grupo de quarenta portugueses – Os Conjurados, começou a chegar em
coches ao Terreiro do Paço. Ao sinal combinado – o toque
das nove horas nos sinos das igrejas, saltaram dos carros e dirigiram-se ao
palácio da Duquesa de Mântua (representante do rei Filipe III), gritando “Viva
el-rei D. João IV”.
Presa a
duquesa de Mântua e morto o seu secretário Miguel de Vasconcelos, que
entretanto se tinha escondido num armário e posteriormente defenestrado, os Conjurados
dirigiram-se até às janelas do palácio e perante a multidão que entretanto se
juntara, proclamaram a independência de Portugal e D. João VI como o novo rei.
A Restauração da
Independência de Portugal marcou o fim de sessenta anos de União Ibérica e o
início da Dinastia de Bragança.
Seguiu-se ainda um
período de guerra – As Guerras da
Restauração, que durou 28 anos.
Em 1668, foi
finalmente assinado o Tratado de Madrid
que pôs fim ao conflito entre os dois reinos. Portugal voltou a ser um reino
independente!
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