Divulgamos com entusiasmo o trabalho realizado em parceria com a docente de Português do 2.º ciclo, Sofia Amorim. Este ano, a nossa colaboração intensificou-se significativamente, dando origem a diversas atividades desenvolvidas em múltiplas vertentes, o que se revelou uma experiência extremamente gratificante.
“Surgido no âmbito das comemorações do V centenário do nascimento de Luís de Camões, o projeto "Camões em Diálogo com o Presente" foi desenvolvido com o objetivo de promover uma abordagem criativa, interdisciplinar e atualizada da figura e da obra de poeta. Promoveu o encontro entre passado e presente, tradição e inovação, palavra e imagem.
Os alunos das turmas 5.º C, 5.º D e 5.º F da EB de Santiago Maior e da turma 5.º E da EB de Santa Maria, com a colaboração das respetivas bibliotecas escolares, envolveram-se em várias atividades, nas disciplinas de Português, Educação Visual e Educação Tecnológica, cujas produções partilhamos neste livro.”
No dia 17 de abril, na Escola Básica de Santiago Maior, celebrou-se de forma especial os cinquenta anos do 25 de abril.
Foi uma honra receber o querido ex-professor Francisco Fanhais, que nos brindou com a sua presença e partilha de emoções.
Alunos do Pré-Escolar ao 3.º ciclo, professores e funcionários, uniram-se para homenagear esse momento marcante da nossa história, através da música, entrevistas e surpresas preparadas especialmente para este dia. A presença do grupo coral Rouxinóis do Alentejo tornou a manhã ainda mais especial, emocionando a todos os presentes.
Aqui, pode assistir ao vídeo da visita na íntegra, elaborado pelos alunos do Curso Multimédia da Escola Secundária Diogo de Gouveia. A todos os que se empenharam e colaboraram em equipa para tornar este dia especial, o nosso obrigado.
Divulgamos alguns recursos de apoio que foram criados / disponibilizados no âmbito do trabalho com os alunos.
Agradecemos de coração a Francisco Fanhais por ter partilhado connosco esse momento único.
O Dia Nacional da Cultura Científica foi criado em 1996 em Portugal. Foi escolhido o dia 24 de novembro para a sua celebração pois foi neste dia (em 1906) que nasceu Rómulo de Carvalho, o professor de Física e Química responsável pela promoção do ensino de ciência e da cultura científica no nosso País. Rómulo de Carvalho, para além de professor de Química e Física, investigador, historiador, fotógrafo, pintor e ilustrador foi também poeta, sob o pseudónimo de António Gedeão. Convidamos a visualizar este vídeo com um dos seus poemas. " Lágrima de Preta".
Neste dia, tão importante, que cruza Ciência e Literatura, deixamos a sugestão de seguir a nossa página "@prender Ciência com a BE" .
Propomos ainda que cliques na figura e procures imagens sobre este dia. Não te vais arrepender. Força!
Na atividade "À descoberta do Poeta Eugénio de Andrade", durante o mês de janeiro, trabalhámos em articulação com as turmas do 2.º ano da EB de Santiago Maior.
A nossa proposta envolveu os seguintes aspetos:
- Biografia do autor e curiosidades sobre a sua vida.
- Análise e reflexão de alguns poemas.
- Elaboração de um poema, em contexto de sala de aula, a partir do tema "Faz de conta que sou...";
- Produção de texto: "É tão bom ser nuvem porque...";
- Dramatização do poema: "Frutos";
- Leitura em voz alta do poema "Não quero não", com linguagem expressiva, ritmo, entoação e repetição.
- Audição dos poemas cantados e musicados por interpretes conhecidos.
Para aceder a todas as atividades realizadas, pode clicar aqui.
No âmbito da atividade "Um autor de cada vez", divulgamos a biografia de Hans Christian Andersen.
Clica na imagem para acederes à informação e descobrires quem escreveu a história original de "O Patinho feio", "O Soldadinho de chumbo", entre outros.
Para descobrires mais sobre as obras do autor, podes procurar "Contos de Andersen", no lado esquerdo do teu blogue.
No âmbito da atividade "Um autor de cada vez", divulgamos a biografia de Charles Perrault.
Clica na imagem para acederes à informação e descobrires quem escreveu a história original de "O Capuchinho Vermelho", "A Gata Borralheira", entre outros.
No âmbito do Dia Internacional da Mulher, recordamos Carolina Beatriz Ângelo, a pioneira na conquista do voto para as mulheres, tanto em Portugal, como em toda a Europa Central e do Sul. Assim sendo, Carolina marcou a História através da sua luta pela igualdade de direitos, tendo, nas eleições de 1911, conseguido o acesso ao voto.
Retrato restaurado por João Pena Fonseca - www.joaofonseca.com
Um pouco de história...
Médica, republicana e feminista, Carolina
Beatriz Ângelo nasceu na Guarda, em 1877, tendo terminado o seu Curso na Faculdade de Medicina de Lisboa, no ano de 1902, facto este que, desde logo, a caracterizou como sendo revolucionária, progressista e inovadora, isto na medida em que, para além de ter sido, como já falámos, a primeira mulher a ter acesso ao voto, foi, de igual modo, a primeira dedicada à prática cirúrgica, tendo sido especializada em ginecologia.
Ao longo da sua vida, Carolina
Beatriz Ângelo foi conciliando a sua atividade profissional com um desejo intenso de intervir política e socialmente na sociedade, tendo tido, como seria de esperar, um sucesso inigualável. Foi uma das principais ativistas da época, defensora dos direitos
das mulheres, tendo lutado por causas como a emancipação das mulheres e o
sufrágio feminino.
A sua militância em organizações
deste género desenvolveu-se a partir de 1906, no Comité Português da Agremiação Francesa, La Paix et le Désarmement par les Femmes, tendo-se iniciado, no ano seguinte, na Maçonaria - sociedade secretista associada à filosofia, ao progressismo e à filantropia - ano em que esteve, também, envolvida no Grupo Português de
Estudos Feministas, cuja finalidade era a de propagar o movimento feminista, tornando as mulheres portuguesas informadas, através da edição de livros e folhetos. Em 1909, fundou, juntamente com outras mulheres, a Liga
Republicana das Mulheres Portuguesas, defensora dos ideais republicanos, do sufrágio
feminino, do direito ao divórcio,
da instrução das crianças e de direitos e deveres iguais para homens e
mulheres.
Na revolução de 5 de Outubro de
1910, foi ela quem colaborou na confeção das bandeiras hasteadas, cargo da qual foi encarregada por Miguel Bombarda.
Bandeira içada no dia 5 de Outubro de 1910 na Câmara Municipal de Lisboa
Imagens do Livro "Heróis do Mar - História dos símbolos nacionais"
Já depois
da Implantação da República, esteve envolvida na fundação da Associação de
Propaganda Feminista, em Maio de 1911. Esta associação, que chegou a dirigir,
teve origem na cisão da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, por questões
relacionadas com a tolerância religiosa e o sufrágio feminino. No âmbito da
Associação de Propaganda Feminista, projetou a criação de uma escola de
enfermeiras, o que é referido como mais uma manifestação da sua preocupação com
a emancipação das mulheres.
Entretanto, foi por volta desta altura que Carolina Beatriz Ângelo votou pela primeira vez, uma altura em que o direito de voto era concedido, exclusivamente, a cidadãos
portugueses "chefes de família", com mais de 21 anos, que soubessem ler e escrever, o que levou a que Carolina Beatriz Ângelo, devido à ambiguidade da lei e ao facto de trabalhar, de ser
viúva, e de ter, a seu cargo, uma filha, lutou, persistentemente, pela defesa do seu
direito. Deste modo, votou no dia 28 de Maio de 1911, em Lisboa, para eleição dos deputados da
Assembleia Constituinte, ato amplamente noticiado em Portugal e felicitado em
diversos países do mundo pelas associações feministas. Porém, não se previa que este marco se voltasse a repetir, pois, em 1913, a lei eleitoral
portuguesa foi alterada, consagrando o direito de voto, única e exclusivamente, a cidadãos portugueses
do sexo masculino. Foram passados mais de 60 anos, no Golpe de Estado de 25 de abril de 1974, que a lei foi, novamente, modificada, tendo a Legislação Portuguesa permitido a todas as mulheres o direito de voto.
Assim, podemos concluir que Carolina Beatriz Ângelo foi, sem dúvida, uma mulher que, ainda hoje, permanece na História não só de Portugal, mas também, de todo o globo, com um percurso interrompido pela sua morte prematura ocorrida quando tinha, apenas, 33 anos, no dia 3 de Outubro de 1911, devido a uma síncope cardíaca. Atualmente, encontra-se sepultada no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.
Para saberes mais:
Para os mais pequenos, aqui fica a sugestão de leitura - Obra de José Ruy com o apoio científico de João Esteves:
Tendo
como finalidade dar a conhecer escritores portugueses, divulgando os aspetos
mais importantes das suas vidas e as suas obras e publicações, vamos dar
continuidade à atividade “Um autor de cada vez”.
Desta
vez, o autor vem à nossa escola!
Conhecem
o escritor e ilustrador Pedro Seromenho?
Clica na imagem para conhecer melhor o seu trabalho.
E a sua vida, conheces?
“Pedro Seromenho”, de nacionalidade portuguesa, nasceu em 1975 na cidade de Salisbúria (Harare), República do Zimbabué. Com apenas dois anos de idade fixou-se em Tavira e mais tarde em Braga, onde reside atualmente.
Embora se tenha formado em Economia, desde muito cedo demonstrou uma enorme apetência pelo universo da escrita e da pintura, colaborando em inúmeras publicações e exposições como escritor e ilustrador. Com o lançamento do romance “Nascente de Tinta”, o autor deu os seus primeiros passos num mundo de sonho e de imaginação que está ao alcance das crianças e dos adultos.
“No dia em que descobri este novo imaginário, redescobri-me por completo. Não fazia ideia do enorme prazer que é comunicar com o público jovem. De facto, são eles que me exigem uma escrita mais criativa e também sensorial. E o resto é fácil. É sonhar.”
Com o objetivo de dar a conhecer escritores portugueses, esta atividade permite saberes mais acerca da sua vida e das suas obras e para leres alguns dos seus livros!
Conhecem a escritora Sophia de Mello Breyner Andersen?
“Sophia de Mello Breyner nasceu a 6 de novembro 1919 no Porto, onde passa a infância.
Entre 1936 e 1939 estuda Filologia Clássica na Universidade de Lisboa. Publica os primeiros versos em 1940, nos Cadernos de Poesia.
Casada com Francisco Sousa Tavares, passa a viver em Lisboa. Tem cinco filhos. Participa ativamente na oposição ao Estado Novo e é eleita, depois do 25 de Abril, deputada à Assembleia Constituinte.
Autora de catorze livros de poesia, publicados entre 1944 e 1997, escreve também contos, histórias para crianças, artigos, ensaios e teatro. Traduz Eurípedes, Shakespeare, Claudel, Dante e, para o francês, alguns poetas portugueses.
Recebeu entre outros, o Prémio Camões 1999, o Prémio Poesia Max Jacob 2001 e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana.
Com uma linguagem poética quase transparente e íntima, ao mesmo tempo ancorada nos antigos mitos clássicos, Sophia evoca nos seus versos os
objetos, as coisas, os seres, os tempos, os mares, os dias. A sua obra, várias vezes premiada está traduzida em várias línguas.
Sophia de Mello Breyner Andresen faleceu a 2 de julho de 2004, em Lisboa, e o seu corpo foi trasladado para o Panteão Nacional precisamente a 2 de julho de 2014, 10 anos após o seu falecimento.