As crianças significaram, ao longo da existência
da Humanidade, a garantia da continuação da espécie. Aliás, em consonância com
o que se passava na Natureza.
A conceção e o nascimento de novas crianças
garantia a continuação da linhagem familiar. O pai via-se no futuro através do
seu filho.
A partir de finais do século XIV, nos meios mais
abastados, urbanos, assistimos a uma nova relação entre a sociedade e a
criança. Não é tanto uma nova afetividade mas mais uma preocupação e interesse
em preservar a vida da criança, vista como um ser cada vez mais
individualizado, logo único.
As primeiras disposições legais de proteção à primeira infância são conhecidas desde o século XVI e davam sinais sobre os direitos que cada um tinha de poder usufruir de uma vida plena, capaz de desenvolver todo o seu potencial de humanidade.
As primeiras disposições legais de proteção à primeira infância são conhecidas desde o século XVI e davam sinais sobre os direitos que cada um tinha de poder usufruir de uma vida plena, capaz de desenvolver todo o seu potencial de humanidade.
A Convenção Sobre os Direitos da Criança adotada
em 20 de novembro de 1989 pela Nações Unidas aparece-nos, assim, como o
culminar de um longo processo de reconhecimento da natureza humana, mas que
está longe de ter terminado. Além de tudo o mais ainda existem dois países que
não ratificaram a Convenção: Estados Unidos da América e Somália. Continuamos a
assistir, todos os dias, ao martírio de milhares, centenas de milhares de
crianças que são escravizadas, exploradas na guerra como soldados,
roubando-lhes a sua meninice, fundamental para o desenvolvimento humano, morrem
de fome, mendigam… À primeira crise a primeira vítima é uma criança.
O Dia Mundial da Criança, comemorado no dia 1 de junho, é a materialização de uma proposta efetuada pela Federação Democrática Internacional de Mulheres à ONU para que se criasse um dia mundial dedicado a todas as crianças do mundo.
A ONU iniciou a luta pelos direitos das crianças
logo em 1946, quando um grupo de países criou a UNICEF como a estrutura
internacional de coordenação e de combate à pobreza e à fome que grassava em
todo o mundo e que afeta(va) milhões de crianças em todo o mundo.
Encaremos este dia como um dia de luta e
esperança num mundo melhor para as crianças o que é o mesmo que dizer para a
Humanidade.
Fernando Nunes
(Equipa da Biblioteca Escolar)
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