O golpe de estado do 25 de Abril de 1974 ficou conhecido para sempre como a "Revolução dos Cravos".
Foi uma revolução porque originou uma mudança profunda na política do nosso País e, consequentemente, uma mudança em termos sociais, económicos e culturais.
Não obstante a tensão e a pressão que se fez sentir, esta revolução não teve a violência habitual das revoluções (manchada de sangue inocente), o povo ofereceu cravos aos militares que os colocaram nos canos das armas, por isso, o símbolo do dia 25 de abril é o cravo.
O povo português fez este golpe de estado porque estava descontente com o governo de Marcelo Caetano, que seguiu a política de Salazar (o Estado Novo), que era uma ditadura.
Os militares, cansados dos conflitos da guerra colonial e da falta de liberdade criaram o Movimento das Forças Armadas (MFA), conhecido como o "Movimento dos Capitães".
O Major Otelo Saraiva de Carvalho fez um plano militar e, na madrugada de 25 de Abril, a operação "Fim-regime" tomou conta dos pontos mais importantes da cidade de Lisboa, em especial do aeroporto, da rádio e da TV.
As forças do MFA, lideradas pelo Capitão Salgueiro Maia, cercaram e tomaram o quartel do Carmo, onde se refugiara Marcelo Caetano. Rapidamente, o golpe de estado militar foi bem recebido pela população portuguesa, que veio para as ruas apoiar a revolução.
Para os militares saberem quando avançar foram lançadas duas "senhas" na rádio. A primeira foi a música "E de pois do adeus", de Paulo de Carvalho, a segunda foi "Grândola, Vila Morena", de Zeca Afonso, que ficou ligada para sempre ao 25 de Abril.
Recomendamos a leitura dos livros:
"Romance do 25 de abril", de João Pedro Messeder
Sinopse: E se um menino se chamasse Portugal?
Ou então: pode o Portugal do antes do 25 de Abril ser comparado a um menino?Ora por que não?
Ouçam pois a sua história: como cresceu e sofreu e lutou até, já adulto, ver realizado um sonho.
E que sonho foi esse? O da liberdade, é claro. Mas imaginou também uma democracia e uma justiça que julgou possíveis no seu país à beira-mar.
Esse país onde hoje o mesmo menino, homem feito agora, continua atento a sonhar com um mundo melhor.
Para os mais crescidos:
"Lembro-me", de João Pedro Messeder
Sinopse: Em "Lembro-me" o autor remete-nos para um exercício de memória. A memória de alguém que, em 25 de Abril de 1974, tinha acabado de fazer 18 anos.
Dirige-se, desta forma, a um público já nascido e crescido num país onde as liberdades democráticas são uma realidade - cada vez mais ameaçadas, é certo, apesar de duramente conquistadas pela luta do povo ao longo de quarenta e oito anos de ditadura salazarista e machista.
"O Livro Livre", de Francisco Bairrão Ruivo (Autor) Danuta Wojciechowska (Ilustração) Joana Paz (Ilustração).
Para saberes mais sobre o 25 de abril, clica aqui.
O Livro Livre nasceu como uma outra forma de comemorar os 40 anos do 25 de Abril, dando a conhecer a crianças e jovens este marco da História de Portugal e o seu legado. Celebra os direitos e as liberdades fundamentais consagrados na Constituição de 1976 como a sua principal herança e destaca a responsabilidade do que é viver em democracia.
A equipa da biblioteca deseja um bom feriado!
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