quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Conta-me história... O grande Terramoto de 1755

1 de novembro de 1755 



Eram 9h40 de 1 de novembro, Dia de Todos os Santos, feriado religioso, quando a terra tremeu, o sol se toldou e se ouviu um som sinistro e assustador. Quase todos os moradores de Lisboa tinham ido à missa e deixado as lareiras acesas. Estava um dia frio e, naquele tempo, não havia eletricidade nem gás, as lareiras serviam sobretudo para cozinhar. As panelas tinham ficado ao lume pois almoçava-se cedo. De repente, prédios (alguns de quatro ou cinco andares) desabavam, fendas abriam-se nas ruas e pessoas eram engolidas soltando gritos. 



Durante oito minutos toda a Lisboa tremeu e muitos infiéis ficaram esmagados ou encurralados debaixo de toneladas de pedra e madeira das igrejas. 

 
Quando o terramoto parou já havia mortos e ruínas por todo lado. Mas mais desgraças estavam para acontecer. Ao longo da manhã fizeram-se sentir fortes réplicas ao sismo, enquanto as ruínas ardiam, pois o fogo das lareiras transmitira-se às vigas de madeira que suportavam os telhados. O incêndio duraria alguns dias, pois como não havia bombeiros como hoje, as pessoas, aterrorizadas e sem meios de combate às chamas, não tinham mãos a medir.

Mais tarde, já pelas 11 horas, um novo abalo levou as pessoas, em pânico e desespero, a procurar, num desvairamento, as fugas possíveis. Muitas foram procurar refúgio na zona ribeirinha de Lisboa fugindo dos desabamentos e do incêndio mas também o rio nos havia de assustar. Um violento tsunami invadiu a cidade. As ondas destruíram todo o porto e a parte baixa de Lisboa.Os pequenos barcos ancorados foram sacudidos violentamente para terra. 
 



Nunca Portugal tinha vivido um terramoto tão violento calculando-se que terá atingido o grau 9 na escala de Ritcher. O Inferno abateu-se sobre Lisboa.

Outras cidades portuguesas também sofreram graves danos. Mas nenhum lugar foi tão devastado quanto Lisboa: o número de mortos é calculado entre 10 mil e 70 mil pessoas, e se estima que 85% dos prédios, incluindo marcos públicos, como o Palácio Real e igrejas, cheias de fiéis por causa do feriado santo, desabaram.
 
 
Sugestão de leituras:
 

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Professora Carla Silva - Equipa da Biblioteca Escolar

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