"Louis Braille nasceu nos arredores de Paris no início do século XIX. Quando tinha três anos feriu-se numa vista após uma brincadeira mal sucedida com as ferramentas do pai, tendo sofrido uma infeção que o fez ficar cego dos dois olhos. Na escola, sem conseguir ler nem escrever, não progredia. Por isso foi transferido para o Instituto para Cegos de Paris, onde iria permanecer durante toda a sua adolescência.
Em 1821, a visita de um antigo soldado à sua escola tornou-se crucial para o que viria a suceder de seguida. Charles Barbier tinha desenvolvido um sistema de 12 pontos em relevo que permitia aos combatentes comunicarem, em campo de batalha, ou durante a noite, em silêncio. O sistema não tinha sido propriamente um sucesso mas, transformado pelo jovem Braille, seria a base de todo o sistema de comunicação dos cegos até aos dias de hoje.
Louis reduziu o número de pontos de 12 para 6, conseguiu formar um alfabeto com diferentes combinações e juntou às letras símbolos matemáticos e musicais, criando um sistema que ainda hoje é usado como forma oficial de escrita e de leitura das pessoas cegas. Infelizmente, o seu sistema só seria reconhecido alguns anos após a sua morte, em 1852.
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"Dediquei-me a criar um sistema que permitisse aos cegos lerem e escreverem como toda a gente. No princípio, muita gente desconfiou desta ideia, mas o passar do tempo e a eficácia da minha invenção deram-me razão. O sistema braille é hoje reconhecido como um sistema de escrita e leitura universal e é utilizado em escolas, nos serviços e na vida quotidiana de milhões de cegos, que assim não estão limitados à audição para acederem à cultura, à ciência, ao pensamento e a todas as outras áreas que a escrita permite."
In: Costa, S. F. Chamo-me Louis Braille.
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Fonte das imagens:https://www.leme.pt/magazine/dezembro2020/
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