segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Sabias que a 1 de dezembro já foi feriado?


É verdade! Neste dia, comemora-se um dos acontecimentos mais importantes da Nossa História: O Dia da Restauração da Independência.

Queres saber porquê?

Em 1578, o rei D. Sebastião morreu na Batalha de Alcácer Quibir, no norte de África. D. sebastião não tinha descendentes diretos. Sucedeu-lhe no trono, o seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique, homem do clero, idoso e doente. Sem descendentes, surge nova crise dinástica, com a sua morte em 1580.

Dos candidatos ao trono, destacavam-se: D. António Prior do Crato (apoiado pelo povo), D. Catarina de Bragança (apoiada por alguns elementos do clero e da nobreza) e Filipe II de Espanha, (apoiado pelo clero, nobreza e burguesia, que viam nessa união a forma de aumentar o seu poder).

Filipe II, o candidato mais poderoso (filho da infanta D. Isabel e neto do rei português D. Manuel I), invadiu Portugal e, em 1581, fez-se aclamar rei de Portugal nas Cortes de Tomar com o título de Filipe I de Portugal. Consumava--se, assim, a União Dinástica ou União Ibérica (1581-1640). Portugal e Espanha mantinham-se autónomos mas unidos apenas pelo governo do mesmo rei. Nas Cortes de Tomar, Filipe I de Portugal prometeu respeitar os costumes, leis e liberdades dos portugueses, conservar a moeda e o português como língua oficial. Se, durante o seu reinado, estas promessas foram cumpridas, tendo Portugal tido alguma prosperidade económica, a crise que afetou Espanha fez com que os reis espanhóis que se seguiram incumprissem nas promessas feitas em 1581. A Espanha estava em guerra na Europa e Portugal foi obrigado a participar e a custear esse conflito, através do aumento de impostos, do envio de homens e a ver as suas colónias atacadas pelos inimigos dos espanhóis. A população portuguesa mostrava o seu descontentamento, através da realização de manifestações e motins como o realizado em Évora – A Revolta do Manuelinho.


Na manhã do dia 1 de dezembro de 1640, um grupo de quarenta portugueses – Os Conjurados, começou a chegar em coches ao Terreiro do Paço. Ao sinal combinado – o toque das nove horas nos sinos das igrejas, saltaram dos carros e dirigiram-se ao palácio da Duquesa de Mântua (representante do rei Filipe III), gritando Viva el-rei D. João IV”.

Presa a duquesa de Mântua e morto o seu secretário Miguel de Vasconcelos, que entretanto se tinha escondido num armário e posteriormente defenestrado, os Conjurados dirigiram-se até às janelas do palácio e perante a multidão que entretanto se juntara, proclamaram a independência de Portugal e D. João VI como o novo rei.

A Restauração da Independência de Portugal marcou o fim de sessenta anos de União Ibérica e o início da Dinastia de Bragança.

Seguiu-se ainda um período de guerra – As Guerras da Restauração, que durou 28 anos.

Em 1668, foi finalmente assinado o Tratado de Madrid que pôs fim ao conflito entre os dois reinos. Portugal voltou a ser um reino independente!
 

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