Os antecedentes da Revolução
Antes de 1917, o Czar governava a Rússia de forma autoritária; os camponeses e operários viviam miseravelmente, enquanto a nobreza e o clero viviam dos rendimentos da terra. A economia encontrava-se atrasada, com uma agricultura tradicional e uma fraca industrialização.
Havia um grande descontentamento. Em 1905, os operários dirigiram-se ao Palácio de Inverno, em S. Petersburgo, onde o Czar residia, para pedir trabalho e pão. Foram recebidos a tiro pela guarda imperial – foi o Domingo Sangrento.
Entretanto, os ideais liberais e marxistas tinham-se divulgado na Rússia; surgiram vários partidos, nomeadamente o Partido Operário Social-Democrata, constituído pelos mencheviques e pelos bolcheviques. Os mencheviques defendiam a constituição de uma democracia parlamentar (ou burguesa) na Rússia; os bolcheviques, liderados por Lenine, defendiam a imposição de um regime socialista (ou marxista).
A Revolução de Fevereiro – o Governo Provisório
Em fevereiro de 1917 (março segundo o calendário ocidental), uma manifestação de operários em S. Petersburgo enfrentou as tropas do Czar. Este ordenou que a sublevação fosse esmagada, mas as tropas negaram-se a disparar e, revoltando-se contra os seus chefes, passaram a confraternizar com os manifestantes. Era o início da Revolução.
Os revolucionários libertaram os presos políticos e formaram os sovietes para controlar a situação. O Czar foi derrubado e o governo passou a ser exercido por um Comité Executivo Provisório – o Governo Provisório, presidido por Kerensky.
O Governo Provisório tomou importantes medidas: continuação do envolvimento da Rússia na 1.ª Guerra Mundial; abolição da pena de morte; amnistia (perdão) aos presos políticos e aos exilados; abolição das diferenças assentes na etnia e na religião; convocação de uma assembleia constituinte para elaborar a Constituição. Os revolucionários de fevereiro defendiam assim a instauração de um regime liberal representativo, à semelhança do dos países ocidentais.
Entretanto, a fação mais radical dos revolucionários – os Bolcheviques – fizeram uma forte oposição ao Governo Provisório. O seu líder, Lenine, que regressara do exílio aproveitando a lei da amnistia, definiu a estratégia a seguir pelos bolcheviques na oposição ao Governo Provisório:
- Nenhum apoio ao Governo Provisório;
- Nenhum apoio à participação da Rússia na 1.ª Grande Guerra, apelando mesmo à deserção dos soldados;
- Multiplicação dos sovietes (Conselhos de soldados, operários e camponeses);
- Defesa da nacionalização e coletivização de toda a economia russa;
- Defesa da instauração da ditadura do proletariado; Aplicação da doutrina marxista (o marxismo-leninismo).
A Revolução de Fevereiro – o Governo Provisório
Em fevereiro de 1917 (março segundo o calendário ocidental), uma manifestação de operários em S. Petersburgo enfrentou as tropas do Czar. Este ordenou que a sublevação fosse esmagada, mas as tropas negaram-se a disparar e, revoltando-se contra os seus chefes, passaram a confraternizar com os manifestantes. Era o início da Revolução.
Os revolucionários libertaram os presos políticos e formaram os sovietes para controlar a situação. O Czar foi derrubado e o governo passou a ser exercido por um Comité Executivo Provisório – o Governo Provisório, presidido por Kerensky.
O Governo Provisório tomou importantes medidas: continuação do envolvimento da Rússia na 1.ª Guerra Mundial; abolição da pena de morte; amnistia (perdão) aos presos políticos e aos exilados; abolição das diferenças assentes na etnia e na religião; convocação de uma assembleia constituinte para elaborar a Constituição. Os revolucionários de fevereiro defendiam assim a instauração de um regime liberal representativo, à semelhança do dos países ocidentais.
Entretanto, a fação mais radical dos revolucionários – os Bolcheviques – fizeram uma forte oposição ao Governo Provisório. O seu líder, Lenine, que regressara do exílio aproveitando a lei da amnistia, definiu a estratégia a seguir pelos bolcheviques na oposição ao Governo Provisório:
- Nenhum apoio ao Governo Provisório;
- Nenhum apoio à participação da Rússia na 1.ª Grande Guerra, apelando mesmo à deserção dos soldados;
- Multiplicação dos sovietes (Conselhos de soldados, operários e camponeses);
- Defesa da nacionalização e coletivização de toda a economia russa;
- Defesa da instauração da ditadura do proletariado; Aplicação da doutrina marxista (o marxismo-leninismo).
Lenine discursando às massas
Glossário (Conceitos a reter)
Coletivização – Designação dada à passagem dos meios de produção da propriedade privada para a propriedade coletiva (cooperativas do Estado). Defende a produção e a distribuição coletiva dos bens económicos.
Comunismo - Doutrina política, desenvolvida teoricamente por Karl Marx, baseada na propriedade coletiva e no objetivo de alcançar uma sociedade sem classes sociais. O Socialismo revolucionário (por oposição ao Socialismo democrático) é o sistema imposto para se atingir o Comunismo
Ditadura do Proletariado - Forma de governo em que todos os poderes do Estado são assumidos pelos representantes dos operários, que podem reprimir aqueles que se oponham aos seus objetivos para assegurar a transição a uma sociedade comunista (a sociedade sem classes). Naturalmente, deixam de existir burguesia e patronato.
Marxismo-Leninismo – Doutrina política desenvolvida por Lenine com base na interpretação do marxismo. Esta doutrina defendia a instauração da ditadura do proletariado como fase transitória para o comunismo (a sociedade sem classes).
Nacionalização - Ação de apropriação dos bens privados pelo Estado, com ou sem indemnização.
Sovietes – Designação dos “conselhos” ou “assembleias” constituídas por operários, soldados e camponeses, que constituíam a base da organização política da Rússia no tempo da Revolução Soviética (ou Bolchevique). Mais tarde, o órgão-cúpula do sistema soviético passou a designar-se Soviete Supremo.
Sovietes – Designação dos “conselhos” ou “assembleias” constituídas por operários, soldados e camponeses, que constituíam a base da organização política da Rússia no tempo da Revolução Soviética (ou Bolchevique). Mais tarde, o órgão-cúpula do sistema soviético passou a designar-se Soviete Supremo.
Textos adaptados pela colaboradora Paula Mendes (docente do 3º ciclo)
Bom trabalho!
A equipa da biblioteca
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