Na manhã de 1 de novembro, dia de Todos os Santos, ocorreu um violento terramoto em Lisboa, Setúbal e no Algarve. Na capital, onde se fez sentir mais intensamente - estudos posteriores levaram os geólogos a concluir que teria atingido uma intensidade de cerca de 9 graus na escala de Richter - foi acompanhado por um maremoto que varreu o Terreiro do Paço e por um gigantesco incêndio que, durante 6 dias, completou o cenário de destruição de toda a Baixa de Lisboa.
Gravura em cobre de 1755 mostrando Lisboa em chamas e o tsunami varrendo o porto
Em 1755, ruíram importantes edifícios, como o Teatro da Ópera, o palácio do duque de Cadaval, o palácio real e o Arquivo da Torre do Tombo cujos documentos foram salvos, o mesmo não acontecendo com as bibliotecas dos Dominicanos e dos Franciscanos. Ao todo, terão sido destruídos cerca de 10 000 edifícios e terão morrido dezenas de milhares de pessoas.
Foi neste contexto de tragédia e confusão que Sebastião José de Carvalho e Melo, então secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, revelou as suas grandes capacidades de chefia e organização ao encarregar-se da restituição da ordem; enquanto as pessoas influentes e a própria família real se afastavam de Lisboa, Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal) passou à prática a política de enterrar os mortos e cuidar dos vivos. Impediu a fuga da população ao providenciar socorros e ao distribuir alimentos.
Fontes: https://bit.ly/35Y3s66
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